A placa de Alzheimer

Um recente estudo de imagens avançadas, captou o facto de que as placas de amilóide, percursoras da doença de Alzheimer, podem desenvolver-se em apenas 24 horas.

“Formam-se mais rapidamente do que se esperava”, disse o Dr Bradley Hyman, líder do grupo que informa sobre a descoberta, na edição de 7 de Fevereiro da revista Nature. Enquanto a placa se desenvolve, os danos são evidentes nos neurónios próximos, quase imediatamente, acrescentou.

«O estudo que realizamos, usando um modelo animal da doença de Alzheimer, tentou averiguar em que ordem ocorriam as coisas», disse Hyman, director da Unidade de Alzheimer do Instituto de Doenças Neurodegenerativas do Hospital geral de Massachusets. “No passado, tivemos imagens dos passos individuais. Esta tecnologia microscópica dá-nos a capacidade de ver o processo de início ao fim, para determinar a diversidade das coisas que sucedem á medida que se activam as células inflamatórias”.

As imagens microscópicas, primeiro tomadas semanalmente e depois diariamente, mostraram que a formação da placa era um evento relativamente pouco comum. Mas as placas podiam observar-se em animais, 24 horas depois de obter uma imagem livre da placa.

O que sucede nos animais, ratos criados para desenvolverem placas de amilóide, com quase toda a segurança, ocorre no cérebro humano, disse Hyman. A descoberta poderia aplicar-se a humanos em risco de desenvolver Alzheimer.

“Saber que a placa se forma com rapidez, implica que algo se inicia. Essa é a pergunta a que se deve responder.”

Os estudos demonstraram que as alterações nas células nervosas relacionadas com a doença de Alzheimer, aparecem em questão de dias. O Dr. Hymam assinalou que os resultados confirmam suspeitas de que a formação da placa é um evento primário na actividade celular anormal, subjacente á doença de Alzheimer.