Demência? O que é?

Demência é a perda irreversível das capacidades intelectuais, incluindo a memória, a capacidade de se expressar e comunicar adequadamente, de organizar a vida quotidiana e de manter uma vida familiar, laboral e social autónoma. Conduz a um estado de dependência total e, finalmente, à morte.

A demência, ou doença de Alzheimer, é uma doença das etapas avançadas da vida, e é tanto mais frequente quanto mais velhas são as pessoas, mas há formas precoces que começam aos 50 ou 60 anos e, ainda que muito raramente, antes.

Começa e inclui transtornos da memória que são já desde fases muito incipientes, importantes do ponto de vista funcional, quer dizer, que interferem com todas as actividades.

Todos temos transtornos de memória, sobretudo relacionados com o passar do tempo e com o stress, mas é habitual desenvolvermos estratégias que os compensem, como por exemplo anotar as coisas a comprar, escrever numa agenda…

Embora as falhas de memória possam, alguma vez, levar-nos a um mau passo, assim não ocorre em geral e podemos continuar a trabalhar desfrutando de actividades de ócio, ocupando-nos das nossas famílias e de nós mesmos, por muito que vamos dizendo “cada vez me lembro menos das coisas”.

Ao paciente com demência ou doença de Alzheimer, as falhas de memória vão limitando, de modo progressivo, as suas actividades.

A princípio, a perda refere-se, sobretudo, a factos recentes. Nessa fase, a nossa atenção é atraída pela perda da memória, embora a pessoa recorde, e goste de evocar uma ou outra vez, com todo o detalhe, factos referentes à sua infância e juventude, o que pode manter-se já quando não é capaz de recordar tudo quanto se refere a si mesmo, sua idade, onde vive; confunde os filhos ou pensa que sua esposa é sua mãe, ou seu marido seu pai.

Deve destacar-se, não obstante que, embora por vezes seja incapaz de recordar o nome do seu marido (ou esposa), ou de seus filhos, a sua presença pode tornar-se agradável e tranquilizadora.

O bom contacto afectivo, as emoções, o tratamento afectuoso que se dispense, costuma ser aceite e agradecido.

Nas fases finais perde-se, inclusive, este aspecto tão primário da relação.