Depressão e doença de Alzheimer

A depressão é muito comum entre as pessoas que sofrem da doença de Alzheimer. Em muitos casos deprimem sem se aperceber de que a sua memória e sua capacidade para funcionar estão a piorar.

Infelizmente, a depressão pode tornar-se muito mais difícil que numa pessoa com Alzheimer seja capaz de funcionar, de se lembrar das coisas e despertar da vida.

Pode ser difícil que um familiar saiba ver se a pessoa está deprimida. O familiar, ou cuidador, pode estar atento aos sintomas típicos da depressão que incluem o seguinte:

• Não querer mover-se nem fazer seja o que for.
• Expressar sentimentos de pouca auto-estima e tristeza.
• Recusar comer e perder peso.
• Dormir muito ou muito pouco.

Outros sinais de depressão incluem choro, ficar demasiado emotivo, triste ou agitado, estar confuso. O familiar com Alzheimer pode não querer ajudar com o seu próprio cuidado pessoal; por exemplo a vestir-se ou a tomar medicamentos. Pode afastar-se de casa com mais frequência.

A doença de Alzheimer e a depressão têm muitos sintomas similares e pode ser difícil diferenciá-los. Se o cuidador ou familiar pensa que a depressão pode ser um problema para vo doente, falar com o médico de família.

O médico falará com o doente e também perguntará, ao cuidador e demais membros da família e às pessoas que providenciem cuidados ao paciente, se este tem tido novos comportamentos ou se mudou recentemente. Fará um exame e é possível que queira mandar fazer outros exames para eliminar outros problemas clínicos. Pode sugerir medicamentos para ajudar a que o doente melhore. Certamente que dará o conselho de como enfrentar o problema. Pode recomendar grupos de apoio que possam prestar ajuda.

Os medicamentos anti-depressivos podem ser muito úteis para os que sofrem de Alzheimer e depressão. Estes medicamentos podem melhorar os sintomas de tristeza e apatia, e também podem melhorar o apetite e os problemas relacionados com o sono. “Estes medicamentos não provocam habituação”. O médico pode também sugerir outros medicamentos que possam ajudar a diminuir outros problemas, tais como alucinações ou ansiedade.

O cuidador, familiar ou não, deve tentar manter uma rotina. Evitar os ruídos altos e o excesso de estímulos. Um ambiente plácido, com cenas familiares e recordações agradáveis ajudam a aliviar o medo e a ansiedade. Manter expectativas realistas acerca do doente e evitar frustrações. Deixar que o doente ajude nas tarefas simples e que sejam do seu agrado. Por exemplo, preparar alimentos (saladas, frutas…) cuidar de plantas, serviços manuais e separar fotografias.
Mais que outra coisa, manter uma actividade positiva.
Elogios frequentes podem ajudar a que o paciente se sinta melhor e ajudando o próprio cuidador.