Doença de Parkinson

Causas

A doença de Parkinson caracteriza-se pela degeneração dos neurónios dopaminérgicos da substância negra. Os sintomas podem aparecer quando do uso de tranquilizantes considerados fortes e outros fármacos que interrompem as funções dopaminérgicas (por exemplo, fenotiacinas, reserpina, alfa metildopa), envenenamento por monóxido de carbono, intoxicações com magnésio e outros metais pesados, assim como pelo uso de drogas ilegais. É raro que se apresente depois de uma encefalite vírica ou que ocorra em relação a lesões focais da substância negra e do corpo estriado. O parkinsonismo também se observa noutras doenças neurológicas degenerativas (por exemplo: atrofia olivopontocerebral e paralisia supranuclear progressiva).

Diagnóstico e Manifestações Clínicas

Associação de três ordens de sintomas podendo predominar um ou outro:

• Aquinésia: rareza do gesto e perda dos automatismos, como o tartamudeio espontâneo, o balanceio dos braços ao andar.
• Hipertonia: de uma impressão de bloqueio monolítico; hipertonia com sinais de roda dentada.
• Nas deslocações passivas dos segmentos do membro; a hipertonia pode ser de origem de dores periarticulares.
• Tremor de repouso, exagerado pelo cálculo mental, que cede durante o movimento voluntário.
• Estes sintomas alteram a escrita (micrografia, trémulo), a fala (palialália), a mímica (face fixa). Podem provocar uma invalidez crescente que conduz ao estado de prostração. Podem surgir depressões reactivas e síndromas confusionais.

Sinais e sintomas:

• Tremor, rigidez e lentidão de movimentos, perda de destreza, desorientação na escrita à mão,, dificuldade para se levantar de uma cadeira ou para se virar na cama e anormalidade no andar e na posição.
• Entre outros males, podem estar a sudação e a salivação excessivas, hipertensão postural, demência e depressão.

Complicações

Em casos avançados há pneumonias por broncoaspiração, úlceras de decúbito e outros problemas consequentes à inanição (falta de ingestão alimentar) e debilidade geral.

Exploração Física

O tremor de repouso observa-se primeiro nas mãos e nos dedos, mas mais tarde pode afectar as pernas, cara e língua. É possível que haja um “trémulo de acção” mais rápido. A lentidão e escassez de movimentos (bradicinésia), podem detectar-se nos movimentos rápidos. As anormalidades posicionais originam flexão da cabeça e do tronco, dos joelhos e dos cotovelos, assim como deformidades posicionais das mãos. O tartamudeio é pouco frequente e observa-se uma cara fixa e inexpressiva (“a máscara”), assim como diminuição nos movimentos espontâneos e relacionados (por exemplo: balanceio dos braços ao andar).
As anormalidades na marcha incluem passos curtos e pesados, dificuldade para iniciar a marcha e para se virar, originando quedas frequentes.

Tratamento

Sempre a cargo do médico, pode dizer-se, porém, que o défice de dopamina dos núcleos cinzentos centrais conduziu ao emprego da L-dopa actualmente prescrita em associação com um inibidor da descarbelaxia periférica, que não atravessa a barreira hematoencefálica e que, em consequência, provoca uma diminuição dos efeitos periféricos circulatórios e digestivos indesejáveis, anteriormente constatados com a L-dopa e uma diminuição das doses necessárias de dopa. Pelo contrário, as complicações ligadas à acção central são tão frequentes como a L-dopa só: síndromas confusionais e movimentos anormais. Estes tratamentos estão contraindicados formalmente quando existem transtornos psíquicos, em particular confusão mental ou deterioração.
No início do tratamento é aconselhável a hospitalização nos indivíduos de idade avançada. A posologia é variável em função da sensibilidade do doente.