Estudo na vida real - I

O estudo “A doença de Alzheimer na vida real – Sondagem a cuidadores de pacientes com demência, publicado no “International Journal of Geriatric Psychiatry”, indica o enorme compromisso exigido aos cuidadores de pessoas com demência.

Metade dos cuidadores de pacientes com demência grave, dedicam mais de 12 horas diárias a tarefas de cuidados ao paciente, e um terço de todos os cuidadores dedicam acima das 14 horas diárias a estas tarefas.

Os resultados mostram também que menos da metade dos cuidadores têm acesso a apoio sanitário adequado e informação sobre a demência e seu tratamento.

Jean-Georges, director executivo de Alzheimer Europe, comenta que “a demência constitui um importante problema de saúde pública com um enorme impacto nas vidas dos cuidadores. No entanto, os cuidadores desejam continuar a cuidar dos seus familiares, mas necessitam de mais informação e apoio.

As associações que se dedicam a cuidar de doentes com Alzheimer esperam que esta publicação contribua com a sua campanha, para melhorar a disponibilidade de serviços para todas as espécies de demência.

Com tantas pessoas afectadas, os políticos não podem continuar a ignorar os transtornos emocionais e económicos que supõe quer para os cuidadores quer para os familiares.

O número real de pessoas afectadas pela demência é muito superior ao dos dados estatísticos, dado que ao lado da maioria dos pacientes há um cuidador – uma esposa, um marido, uma filha ou outros familiares – que renunciou a levar uma vida quotidiana normal para cuidar do seu ente querido.

No artigo apresentam-se os resultados da sondagem aos cuidadores de pacientes com demência, na qual participaram mais de mil e duzentos de cinco países europeus.

E a sondagem foi realizada por uma aliança de associações para investigar a situação no cuidado aos pacientes com demência, que enfrentam a atenção do paciente e os serviços de que dispõem.