Factores genéticos e beta amilóide

Fundamental na investigação sobre os factores genéticos foi a apolipoproteína ApoE4, um subtipo de apõe, que desempenha importante papel no movimento e distribuição do colesterol das células nervosas em superação durante o desenvolvimento e depois duma lesão.

O gene apõe vem de três tipos possíveis: ApoE2, ApoE3 e ApoE4; as pessoas herdam uma cópia dum tipo de cada progenitor. Os estudos têm demonstrado maiores depósitos de beta amilóide nas pessoas com ApoE4, menores no ApoE3 e os mais baixos nas pessoas com E2.

A ApoE2 parece ter qualidades protectoras, ajudando a manter a estrutura de tubos diminutos que transportam nutrientes às células cerebrais e que ao mesmo tempo as consome. Na presença da ApoE4, no entanto, os tubos podem deblitar-se e decompor-se.

A ApoE4 foi estudada durante anos como factor de risco para as doenças coronárias e alguns estudos encontraram uma ligação entre a arteriosclerose e a doença de Alzheimer.

A doença não é inevitável, inclusive nas pessoas com duas cópias do gene de ApoE4. As informações variam no cálculo do grau de risco, alguns reportanto graus mais baixos.

Nas pessoas com ApoE4, os cálculos de risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer aos 85 anos de idade, variam de 9 a 20%; nas pessoas com uma cópia do gene, o risco é de entre 25 e 60%; nas pessoas com duas cópias, o risco varia entre 50 e 90% (só 25% da população possui duas cópias do gene E4). Um estudo recente indicou que uma variação específica do gene ApoE4 se associa com um alto risco da doença de Alzheimer, o que pode explicar porque muitas pessoas com ApoE4 não apresentem nenhum sinal da doença de Alzheimer.

Outra investigação identificou anormalidades genéticas na mitocondria (a fonte de energia dentro das células), e cerca de 20% das pessoas com doença de Alzheimer de início tardio; este defeito genético passa-se só com a mãe.

Os investigadores começam a aproximar-se da identificação de genes defeituosos responsáveis pela doença de Alzheimer de início precoce, uma forma pouco comum mas extremamente agresiva da doença. A doença de Alzheimer de início precoce é extremamente proeminente nas pessoas com síndroma de Down; quase todos os doentes que herdam este transtorno desenvolvem a doença de Alzheimer, se chegarem a viver até aos 40 anos.

As mulheres com menos de 35 anos, – mas não mães mais velhas – que dão á luz crianças com síndroma de Down, também correm um risco muito maior da doença de Alzheimer.

Alguns acreditam que mutações genéticas de três proteínas críticas – proteína percursora beta amilóide (beta – APP), S182 e STM2 – emergirão como factores principais da acumulação acelerada de beta amilóide e a doença de Alzheimer de início precoce.

Outra investigação indicou que os genes com mutações para as proteínas presinilin-1 (PS1) e (PS2) são os favoráveis suspeitos neste processo. Pensa-se que tais mutações tornam as células nervosas mais sensíveis à autodestruição celular.