Artrose

O célebre médico inglês, Dr. Hayg, resolveu o problema. Estudou, como o conhecido médico francês, Dr. Henri Labbé, as purinas nos diversos alimentos.

Ambos concluíram que os alimentos mais carregados eram o chá, o café, o chocolate e as carnes.

Compreende-se que todo o artrítico – seja obeso, reumático ou gotoso, tenha areias ou cálculos, seja esclerótico ou congestivo – deva usar alimentos que não gerem ácido úrico, os quais se encarregam de dissolver o que se forma ou esteja englobado no organismo.

O ácido málico, tartárico e cítrico de todos os frutos (por exemplo, da maçã, da uva e da laranja), tem o condão de diluir a descolar a colamina do sangue e dos tecidos e, por essa forma, ajudar à depuração vital.

Assim está, pois, indicado um regime que se aproxima o mais possível da dieta anti-colâmica, pouco azotada, pouco excitante, para que seja adquirida a saúde, que se pode definir por um estado de nutrição, de força e de resistência satisfatória.

Só a dieta vegetal é capaz de corrigir a diátese ácida. Sobre este caso não pode haver a menor dúvida; deve-se, porém, proceder passo a passo, mudando a pouco e pouco a graduação dos alimentos geradores de ácido úrico, mas sem usar nenhum remédio químico.

Um médico que queira estudar a trofologia pode conseguir excelentes resultados na cura dos seus doentes.

Empregando os alimentos que são outros tantos remédios e, sem lesar o metabolismo, podem conseguir-se vantagens incalculáveis.

Médicos há que, seguindo a homeopatia, cujo lema é similia similibus curantur, obtêm curas altamente benéficas com uma dieta mais ou menos anti-mórbida, e dando ao doente remédios químicos, é verdade, mas dinamizados e de tal forma diluídos, que pouco ou nada lesam.

Entretanto, a alopatia com as suas drogas químicas e com as suas dietas absolutamente condenáveis de caldos de carne, consegue pouco, ou quando muito apenas provoca o abafamento dos sintomas.

O mercúrio, por exemplo, não cura a avaria; somente consegue sufocar as manifestações da enfermidade e mais tarde perparar a paralisia, as gomas, a chamada sífilis secundária e terciária.

Todavia, esta doença é uma das mais seguramente curáveis pela naturologia, desde que o doente não tenha tomado muitos remédios. E, tantos infelizes pelo mundo, 50% dos doentes, são envenenados, todos os dias pelo mercúrio.

Maquiavélico sistema de curar é este, que pretende matar os agentes da doença por antídotos tóxicos, em vez de alcalinizar o sangue, para que o espiro caeta palido nele não possa habitar.

Partindo do princípio que o homem é um omnívoro a ciência oficial faz uma anarquia bromatológica. Mas que disparidade. Os zoólogos enfileiram o homem entre os animais frugívoros. Os médicos transtornam a ideia. E, como pela culinária se pode comer de tudo, classificam o homem da mesma sorte que os animais realmente omnívoros.

A cura alimentar é substancialmente nutritiva e altamente desintoxicante. Por intermádio dos alimentos ministrados ao organismo para a digestão se operar melhor ou pior, assim poderemos ter saúde ou doença.

Ora, o fim da trofologia, é curar sem remédios as manifestações patológicas, regenerando e normalizando o líquido vital – o sangue humano – que urge ter sempre puro, para adquirir a imunidade necessária e a longevidade segura. A terapêutica vegetal presta benefícios incontestáveis em todas as doenças, desde que se saiba e se possam utilizar as plantas que a natureza oferece.