Mal de Alzheimer

É geralmente muito difícil aceitar o diagnóstico de que um ente querido padece da doença de Alzheimer. No entanto, será bom assumir uma atitude receptiva ao ler estas palavras, que pretendem informar e solicitar que se lembre não estar só.

Na cidade do Porto existem duas associações, uma na Freguesia de Santo Ildefonso e outra na de Paranhos, que oferecem apoio e informações aos familiares e doentes com Alzheimer.

A doença de Alzheimer é um transtorno de evolução lenta provocado pela perda de células nervosas do cérebro, e que eventualmente conduz a problemas de memória, da capacidade de reflexão e de tomada de decisões, da orientação espacial, da concentração e da linguagem. Embora a perda de células nervosas seja irreversível, existem medicamentos que podem ajudar a que a doença avance mais lentamente.

A doença de Alzheimer pode afectar a capacidade para realizar as tarefas quotidianas, e também pode provocar alterações do comportamento e do estado de ânimo. Embora os sintomas possam interferir com as actividades sociais, familiares e laborais, muitos doentes e seus cuidadores aprenderam uma série de estratégias que os ajudam a manter uma vida activa e produtiva.

A doença de Alzheimer manifesta-se de formas diferentes duma pessoa para outra. No entanto, a evolução geral da doença divide-se em três fases (inicial, intermédia e avançada), segundo os seus efeitos sobre a memória, o pensamento e a capacidade do paciente para atender às suas necessidades. A memória, a longo prazo (quer dizer, dos factos ocorridos na infância e na juventude), não se vê afectada nas fases iniciais da doença.

Apesar de não se ter descoberto ainda uma cura para a doença de Alzheimer, há certos recursos e medidas práticas que podem ser úteis para o doente e sua família. A primeira coisa a fazer é submeter-se a um exame médico completo, com o fim de descartar outras possíveis causas da perda de memória (por exemplo a depressão, reacções a medicamentos…). Além disso, o diagnóstico e tratamento precoces permitirão:

• Entender melhor as alterações que se vão produzindo.
• Conhecer mais sobre a doença de Alzheimer
• Aceder a instituições comunitárias que ajudam os doentes e seus cuidadores.
• Tomar os medicamentos prescritos. Há vários produtos farmacêuticos que podem demorar, durante algum tempo, o agravamento dos sintomas da doença.
• Fazer planos para o futuro, planeando por exemplo o pressuposto e a atenção médica.
• Obter informação sobre os projectos locais e nacionais sobre os ensaios clínicos de novos medicamentos.
• Aprender mais sobre temas relacionados com a segurança e a saúde.

Na continuação aparecem algumas tarefas e capacidades nas quais poderá enfrentar dificuldades cada vez maiores. Conhecer com antecedência as possíveis dificuldades, para que tenha em conta as futuras mudanças e continue a conduzir a sua vida, pode ajudar:
• Memória dos factos recentes: recordar encontros e compromissos, os nomes das pessoas e os detalhes de conversas recentes;
• Levar a cabo tarefas difíceis: administrar o dinheiro, tomar os medicamentos seguindo as instruções do médico, ir às compras, cozinhar…
• Tomada de decisões e solução de problemas: tomar decisões rápidas, tais como numa inundação ou num incêndio em casa…
• Capacidade de orientação no espaço: seguir as instruções sobre como chegar a um local, calcular a distância de objectos ou conduzir o carro, perder-se em ambientes conhecidos;
• Linguagem: encontrar a palavra correcta, escrever cartas, compreender o que lê ou o que dizem os demais;
• Comportamento e estado de ânimo: perda do interesse em novas actividades, alhear-se do intercâmbio social, sensação de curiosidade e depressão.

É preciso ter sempre em mente que a ansiedade e a depressão muitas vezes respondem positivamente ao tratamento, de modo que deve consultar o médico se surgirem esses sintomas.

Associações:

Lágrima Humana (Santo Ildefonso)
mail: Lagrima_humana@sapo.pt
Telf: 222016022

PORTUSASAS
Mail: potasas@iol.pt
TM: 931767630