Cura alimentar

Poder-se-ão curar pela escolha dos alimentos as doenças actuais do homem? Poderão debelar-se unicamente por meio da dieta os incómodos que afligem a humanidade? E esta encher-se-á apta para a adopção duma bromatologia simples, nesta altura da evolução?

Na generalidade, pode dizer-se que sim. Se a causa primária das doenças é o alimento anormal, resulta que, eliminado, o organismo tenderá a reconstruir-se e a reformar-se, libertando-se da doença.

Mas o que é a doença? É uma mutação anormal das células do corpo. Procurem-se os meios de viver o mais possível conforme as leis naturais, e o organismo aproximar-se-á do seu justo equilíbrio.

Cumpre notar que, por vezes, as células estão degeneradas pelo uso dos remédios químicos, que se torna difícil, senão impossível, provocar simplesmente melhoras, quanto mais a cura.

A vitalidade orgânica, injuriada pela administração insólita de drogas, e sobrecarregada e pervertida por elas, impede a regeneração biológica desses organismos, considerados como receptáculos de preparados hediondos e perversos, fabricados pela civilização torturante e assassina.

O maior escolho que se apresenta a um médico é este. Os preparados são tudo quanto há de mais contrário à natureza humana.

Introduzidos no organismo por via oral ou hipodérmica, ou por outra qualquer, não são assimilados pelo sangue, já que o corpo humano não incorpora no seu íntimo nada que seja mineral.

As plantas sim; assimilam e absorvem da terra os sais minerais que preparam dentro dos seus tecidos, e vitalizam-nos para, depois, o homem poder utilizar-se deles convenientemente.

Entre o ferro bruto, que existe numa água ferruginosa, e o ferro orgânico das alfaces, há uma diferença enorme, quanto ao metabolismo celular.

O ferro mineral é englobado como um corpo estranho, em virtude de ser um elemento perturbador. O ferro orgânico dos vegetais, não: é assimilado, entra na formação do sangue, regenera-o, vitaliza-o e completa-o.

O mesmo sucede com o fósforo, que todos os deprimidos procuram, e que erradamente os preparadores vão buscar ao reino mineral.

Esse fósforo, que é o mesmo que serve para fazer os fósforos com que se acendem os fogões a gás, as velas, não é, de maneira alguma, captado convenientemente pelos tecidos para seu sustento.

É um veneno que provoca anomalias várias pelo corpo. As múltiplas preparações dos “laboratórios” que invadem o mercado, são outros tantos males e embustes. Bons para o comércio e enriquecimento de quem os fabrica.

Quem necessita de fósforo, use na sua alimentação amêndoas bem mastigadas e trituradas, porque esse fruto possui 1,19% de fósforo orgânico.

Do mesmo modo, aqueles que necessitam de enxofre, que serve para a regeneração da molécula do protoplasma e para proceder á regeneração dos cabelos, unhas e pele, escusam de tomar enxofre mineral. Os figos, por exemplo, contêm a suficiente percentagem de enxofre elementar para os fins necessários.

E, pela mesma maneira, poderiam referir-se todos os elementos do cálcio, o potássio, o sílico, o sódio, o magnésio ou o cloro…, que estão na constituição do corpo humano.