Sobre a doença de Alzheimer

É conveninete saber-se que, o médico alemão Alois Alzheimer (1864-1915) iniciou a sua carreira profissional como residente no hospital de doentes mentais e epilépticos de Frankfurt. No princípio, Alzheimer dedicou-se a estudar as demências de origem cardiovascular, de cujos acidentes se falará mais adiante, e as psicoses; em 1907, no Congresso de Túbingen, Alois Alzheimer apresenta o caso de “Auguste D”; esta senhora apresentava um caso de perda de memória progressiva das funções cognitivas e outros transtornos, hoje denominados como associados à doença de Alzheimer, com alucinações, delírios e isolamento social. O estudo post morten do cérebro de “Auguste D# mostrou alterações hoje conhecidas como fundamentais na doença, como as placas neuronais e os óvulos neurofibrilares.

O impulso definitivo para o estudo da doença deve-se, em grande parte, à célebre actriz norte-americana, Rita Hayworth, em 1981 diagnosticada com doença de Alzheimer; a partir de então, a imprensa faz eco desta doença e as entrevistas a especialistas multiplicam-se e o tema começa a despertar interesse para todo o mundo; desde a sociedade até ao mundo científico começam a fazer-se perguntas à volta da patologia. No princípio dos anos 90, Ronald Reagan tornava pública a sua condição de doente de Alzheimer.

Actualmente, esta patologia afecta mais de 3 milhões de pessoas na Europa e 5 milhões nos Estados Unidos: (dados fornecidos pelo EURODEM).

No total, em todos os países desenvolvidos existem, segundo dados do ADI (Alzheimer’s Diesease International) entre 11 a 18 milhões de doentes de Alzheimer nos países desenvolvidos, podendo chegar esta quantidade, segundo a OMS, aos 36,5 milhões.

É preciso ter em conta que, actualmente, esta doença não tem cura. Embora seja certo haver uma clara influência genética, não se pode dizer que seja hereditária. A idade do seu aparecimento é a partir dos 65 anos, embora diariamente e devido sobretudo à melhoria das técnicas de diagnóstico e a maior informação à volta da doença se diagnostique em pessoas mais jovens. O diagnóstico precoce é fundamental para retardar o processo degenerativo.

Uma planificação familiar dos cuidados ao doente é necessária para evitar futuras rupturas familiares. A deterioração em cada doente é diferente, se bem que a duração média da doença esteja ente os 7 e os 14 anos.

A psicoestimulação é útil para atrasar a doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. O afectado de Alzheimer deprime-se em 30 a 50% dos casos, sobretudo nas primeiras fases da doença, onde estão muito conscientes da deterioração de que sofrem.

É necessário que as famílias ajudem as Associações, onde poderão ser orientadas nas repercussões, decorrer e demais perguntas a esta patologia. O apoio psicológico é fundamental para poder encarar a doença de Alzheimer.