Condução

As pessoas que sofriam de demência ligeira tiveram mais acidentes e era quase quatro vezes mais provável que não passassem exames de condução.

As pessoas que estão nas primeiras etapas da doença de Alzheimer tiveram mais acidentes automobilísticos e um pior rendimento em provas de condução que os condutores que não sofriam da incapacidade cognitiva, segundo demonstra um estudo recente.

As descobertas, levadas a cabo pelo Hospital de Rhode Island e a Universidade de Brown, confirmam informações anteriores de condução potencialmente perigosa nas pessoas que se encontram nas primeiras etapas da doença de Alzheimer.

Mas o estudo mostra também que algumas pessoas que padecem de demência ligeira, podem continuar a conduzir com segurança durante certos períodos de tempo.

No estudo participaram 84 pessoas que estavam nas etapas iniciais da doença de Alzheimer, e um grupo de controlo de 44 pessoas da mesma idade que não apresentavam incapacidade cognitiva ligeira.

Durante dois a três anos, as capacidades de condução dos participantes avaliaram-se através de auto-informações, informações de familiares e um exame de condução igual para todos.

As pessoas que sofriam da doença de Alzheimer estiveram envolvidas em mais acidentes e obtiveram piores resultados de condução do que as do grupo e controlo.

O estudo revelou também que era mais provável que as pessoas que sofriam de demência ligeira não passassem num exame de condução que as que sofriam de demência ligeira.

«As nossas descobertas demonstraram que as pessoas com demência ligeira eram quase quatro vezes mais propensas a falhar no exame de condução que as que tinham uma demência muito ligeira, o que indica que as pessoas que têm uma demência muito ligeira podem conduzir com segurança por períodos de tempo mais longos», afirmou, numa declaração o Dr. Brian Ott, investigador principal e director do Centro de doença de Alzheimer e transtornos de memória do Hospital de Rhode Island.