O que causa a demência - II

Os cientistas tentaram determinar a forma como a beta amilóide influi no desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Vários estudos indicam que a acumulação desta proteína desencadeia, de modo completo, uma série de acontecimentos que culminam na demência.

Um estudo concluiu que a acumulação da beta amilóide no cérebro desencadeia a formação de células, chamada micróglia, que se encarregam de eliminar substâncias que possam causar danificações no cérebro, para libertar uma neurotoxina chamada peroxinitrato.

Isto poderia contribuir para a morte de células nervosas na doença de Alzheimer.

Noutro estudo considerou-se que a beta amilóide activa enzimas que matam as células, chamadas caspasas. Estas, produzem alterações na proteína tau, levando-a a formar redes. Os cientistas pensam que estas redes poderiam contribuir para a morte de neurónios na doença de Alzheimer.

A demência vascular pode ser causada pela doença cerebrovascular ou qualquer outra condição que impeça que o fluxo sanguíneo chegue normalmente ao cérebro. Sem uma administração normal de sangue, as células cerebrais não podem obter o oxigénio de que necessitam para operar correctamente, e, por vezes ficam tão carentes de sangue que morrem.

As causas doutros tipos de demência variam. Algumas, como a doença cde Creutzfeldet-Jacob e a síndrome de Gerstmann-Straussler-Schinker, ligaram-se a formas anormais de certas proteínas específicas.

Outras, incluindo a doença de Huntington e a demência frontotemporal com parkinsonismo, foram conectadas a defeitos de um só gene.

A demência pós-traumática está directamente relacionada com a morte de células cerebrais após a lesão.

A demência associada ao HIV está, claramente, relacionada com o vírus da SIDA, embora não se conheça bem a maneira exacta em que o vírus causa danos.

No caso doutros tipos de demência, como a degenerescência corticobasal e a maioria das demências frontotemporais, as causas subjacentes da doença ainda não foram identificadas.