A dieta ancestral - I

Passemos em revista os argumentos em seu favor. Contra, não há nenhum, desde que se proceda com tino e critério na transição, tanto mais difícil, quanto mais idade se tem, ou ainda se se é doente há muito.

1º - A dieta ancestral, como é designada por Le Dantec, composta de frutos sumarentos e oleaginosos, na sua justa combinação, a mais elevada e pura percentagem de albuminas, açucares, óleos, sais e água.

Uma alimentação de nozes de todas as espécies, desde o amendoim à castanha do Brasil, e de frutos sumarentos desde a laranja à uva, utilizando todos os frutos que a natureza oferece, é suficiente para nutrir qualquer indivíduo, seja qual for a sua idade.

2º - A dieta frutívora mantém o corpo com a maior saúde física, mental e moral, porque o sangue formado pelo alimento puro não só dá força muscular, como equilíbrio nervoso, resultando da conjugação destes dois sistemas, a necessária moralidade, ponderada e honesta, capaz de fazer de todos os homens trabalhadores e bons cidadãos, criaturas normais, enfim.

3º - A dieta verdadeira simplifica a vida das famílias: e sobretudo liberta a mulher da escravidão da cozinha. As refeições estão sempre prontas, desde que se tenha um fruteiro sortido; e a mulher, deixando o arsenal do fogo, pode instruir-se melhor, tratar dos filhos queridos com mais devotado carinho, e passear, tomando o ar puro e o sol glorioso de que se priva vivendo quase permanentemente em casa.

5º - A dieta pura previne todas as doenças do homem, porque estas são derivadas do mau sangue. Andando vestidos, tapamos os poros; estando em compartimentos fechados, respiramos mau ar e preparamos o terreno à doença da vida fictícia.

6º - A dieta crua não deixa o homem cometer crimes nem viver na devassidão ou no vício. E por isso o naturismo é o alicerce da pureza e da moralidade por excelência.