Demência fronto-temporal

Por vezes chamada demência do lobo frontal, descreve um grupo de enfermidades caracterizadas por uma degenerescência das células nervosas, sobretudo aquelas que se encontram nos lobos frontais e temporais do cérebro.

Ao contrário do que ocorre na doença de Alzheimer, a demência fronto-temporal usualmente não inclui a formação de placas amilóides. Em muitas pessoas dom este tipo de demência está presente uma forma anormal de proteína tau no cérebro, que se acumula formando redes neurofibrilares. Isto interrompe as actividades normais das células e pode fazer com que morram.

Os especialistas pensam que este tipo de demência é a causa de entre 10% de todos os casos d demência.

Os seus sintomas, geralmente, aparecem entre os 40 e os 65 anos de idade. Em muitas instâncias, as pessoas que sofrem desta demência, têm um historial familiar de demência, que sugere que um forte factor genético contribui para a doença.

A duração deste tipo de demência varia. Alguns pacientes deterioram-se rapidamente, num período de dois a três anos, enquanto outros mostram alterações mínimas durante muitos anos. Estas pessoas vivem uma média de 5 a 10 anos após o diagnóstico.

Devido a que as estruturas que se encontram nos lobos frontais e temporais do cérebro controlam o juízo e o comportamento social, as pessoas com este tipo de demência têm, amiudadas vezes, problemas em manter interacções pessoais normais e manter-se dentro das normas sociais convencionais. É possível que roubem ou demonstrem uma conduta social rude, ou pouco apropriada.

Outros sintomas incluem a perda da fala e da linguagem, conduta compulsiva ou repetitiva, aumento do apetite e problemas motores, como a rigidez e problemas de equilíbrio. Pode também haver perda da memória, embora tipicamente isso ocorra numa etapa avançada da doença.

Neste tipo de demência, a chamada doença de Pick, certas células nervosas tornam-se anormais. Os cérebros das pessoas com a doença de Pick também têm estruturas anormais chamadas “corpos de Pick”, maioritariamente compostos de proteína tau dentro dos neurónios. Desconhece-se a causa da doença de Pick, mas abe-se que prevalece nalgumas famílias e, portanto, provavelmente, em parte, a sua causa pode ser um ou mais genes defeituosos. A doença, geralmente, começa depois dos 50 anos e causa alterações da personalidade e da conduta, que pioraram gradualmente com o tempo.

Os sintomas da doença de Pick são muito parecidos com os da doença de Alzheimer e podem incluir uma conduta social inapropriada, perda de flexibilidade mental, problemas de linguagem e dificuldade para pensar e de concentração. Actualmente não existe uma maneira para atrasar a degenerescência paulatina que ocorre com a doença de Pick. Todavia, os medicamentos podem ajudar a reduzir a agressividade e outros problemas de conduta e tratar a depressão.