Doença de Alzheimer e naturismo

Sabendo que a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência nas pessoas de idade avançada, estimando-se em cerca de 25 milhões de pessoas afectadas em todo o mundo… Quando se fala de demência queremos referir-nos a uma condição que afecta gravemente a possibilidade de uma pessoa para levar a cabo as suas tarefas quotidianas.

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afecta progressivamente a memória, outras capacidades intelectuais e finalmente a capacidade para levar a cabo as tarefas mais básicas.

Durante parte do século XX, o diagnóstico de doença de Alzheimer limitou-se a pessoas com idades compreendidas entre os 45 e os 65 anos, que mostravam os sintomas característicos, já que em pessoas com idades mais avançadas, a perda de faculdades mentais era algo mais ou menos normal. No entanto, nas décadas de 70 e 80, isso começou a mudar. Actualmente, o diagnóstico de doença de Alzheimer aplica-se a qualquer pessoa que apresente os sintomas e o curso distinto desta condição.

Existem várias teorias que tentam explicar as causas da doença de Alzheimer. Algumas têm a ver com agentes tóxicos como, por exemplo, vários metais como o alumínio, chumbo, zinco e o mercúrio. Segundo estas teorias, estas substâncias tóxicas fazem com que os neurónios degenerem e se acumulem no cérebro proteínas que obstaculizam o seu funcionamento e conduzem à morte das células cerebrais ou neurónios. Há estudos que indicam uma relação entre o alumínio e a doença de Alzheimer, embora estes estudos não tenham sido confirmados e muitos especialistas na doença de Alzheimer não os aceitem.

Outros agentes ambientais propostos são as toxinas presentes nos alimentos e agentes virais. No entanto, os estudos levados a cabo até agora, não são concludentes e, embora esses mesmos estudos não demonstrem uma forte correlação entre as toxinas ambientais e a doença de Alzheimer, encontraram-se coelhos que ingeriram uma dieta alta em colesterol conjuntamente com iões de cobre na água que bebiam, desenvolveram no cérebro lesões características da doença de Alzheimer e deficiências cognitivas.

Em 2001, foi publicado um estudo no qual se comparavam residentes da Nigéria que consumiam uma dieta maioritariamente vegetariana e baixa em gorduras, com norte-americanos de descendência africana residentes em Indianápolis, que consumiam uma dieta elevada em gorduras.

Encontrou-se que os residentes na Nigéria tinham uma incidência de Alzheimer menor que os de Indianápolis. Alguns investigadores acreditam que os níveis de colesterol, a arteriosclerose e a hipertensão desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença de Alzheimer, e, segundo alguns outros estudos parecem indicar que lesões ou pancadas na cabeça podem dar início a um processo que culmine na doença de Alzheimer.