Como tratar a doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma doença de progressão lenta, que se inicia com certos problemas de memória e termina com grave lesão cerebral. A evolução da doença e a rapidez com que ocorrem as alterações variam de pessoa para pessoa. Em média, os doentes de Alzheimer vivem entre 7 a 14 anos depois de terem sido diagnosticados, embora algumas pessoas possam viver até 20 anos com a doença.

Nenhum tratamento pode deter a doença de Alzheimer. Mas, para algumas pessoas nas fases inicial e média, os medicamentos podem ajudar a prevenir a deterioração de alguns sintomas durante um período de tempo limitado. Um novo medicamento foi aprovado para tratar as fases moderadas ou graves da doença – Naurenda – embora tenha efeitos limitados. Mesmo assim, alguns medicamentos podem ajudar a controlar os sintomas do comportamento, causados pela doença de Alzheimer, como insónia, agitação, a deambulação, a ansiedade e depressão. O tratamento destes sintomas contribui, com frequência, para que os doentes se sintam melhor e facilita o seu cuidado às pessoas que os atendem, sobretudo em casa.

Novas áreas de investigação

O Instituto Nacional sobre o Envelhecimento (NIA em inglês), que faz parte dos Institutos Nacionais da Saúde nos Estados Unidos (NIH), é a agência federal líder na investigação sobre a doença de Alzheimer. Os cientistas, subvencionados pelo NIA realizam testes com vários medicamentos para ver se previnem a doença, tornam mais lento o avanço da doença ou ajudam a reduzir os sintomas. Algumas ideias, que podem parecer promissoras, têm resultado de pouco ou nenhum benefício quando se analisam cuidadosamente durante um estudo clínico. Os investigadores realizam estudos clínicos para determinar se os tratamentos que parecem promissores nos estudos de observação e com animais, não representam perigo e são eficazes nas pessoas.

Leve deterioração cognitiva – Em anos recentes, os cientistas concentraram-se num tipo de alterações da memória, chamado deterioração cognitiva ligeira (MCI). O MCI é diferente tanto da doença de Alzheimer como das alterações normais da memória, associadas à idade. As pessoas com MCI têm problemas constantes da memória, mas não experimentam outras perdas, como a confusão, problemas de atenção e dificuldades com a linguagem.

Num estudo sobre a deterioração da memória, patrocinado pelo NIA – Masmory Impairment Study – compararam-se os efeitos do donezepil, Vitamina E e os Placebos entre a participantes com MCI para observar se os medicamentos poderiam atrasar ou prevenir que o MCI chegasse a converter-se em Alzheimer.

O estudo descobriu que o grupo MCI que tomava o medicamento diminuiu o risco de desenvolver a doença de Alzheimer durante os primeiros 18 meses de um estudo de 3 anos, quando se comparou com os seus homólogos que tomavam placebos.

A diminuição do risco de desenvolver um diagnóstico de Alzheimer a partir do MCI nos participantes que tomavam donezepil desapareceram depois dos 18 meses e, no final do estudo, a probabilidade de avanço da doença era a mesma para os dois grupos.
A Vitamina E não teve efeito algum durante o decorrer do estudo, quando se comparou ao placebo.