Como diagnosticar a demência

Os médicos empregam uma variedade de estratégias para diagnosticar a demência. É importante para eles descartar outras condições tratáveis, como a depressão, a hidrocefalia com pressão normal, de deficiência da vitamina B12, doenças que podem causar sintomas similares.

O diagnóstico precoce e acertado da demência é importante para os pacientes e suas famílias, porque permite um tratamento também precoce dos sintomas. Um diagnóstico precoce permite às pessoas com doença de Alzheimer ou com demências progressivas, planear o futuro quando ainda podem ajudar a tomar decisões. Estas pessoas também podem beneficiar dum tratamento medicamentoso.

O padrão para diagnosticar a demência é a autópsia, mas esta não ajuda o paciente nem quem dele cuida.

Frequentemente, os médicos começam a examinar o paciente quando suspeitam que este tem uma demência, fazendo-lhe perguntas sobre o seu historial médico. Por exemplo, podem perguntar-lhe como e quando surgiram os sintomas, além da sua condição geral. Podem também avaliar o estado emocional do paciente, embora as pessoas com demência não tenham consciência de que estes doentes, ou podem negar-se a si próprios estarem afectados. Os familiares do paciente podem também negar a existência da doença, podendo não aceitar o diagnóstico ou porque, pelo menos no início, a doença de Alzheimer e outras formas de demência podem parecer-se com o envelhecimento normal. Por isso, é necessário tomar outras medidas para poder confirmar ou eliminar o diagnóstico de demência.

O exame físico pode ajudar a descartar as causas tratáveis da demência e identificar os sinais de um acidente neuro-cerebral ou outros transtornos que podem contribuir para a demência. Também pode identificar os sintomas de outras doenças, como a do coração, ou uma deficiência renal cujos sintomas podem parecer-se com os da demência. Se um doente está a tomar medicamentos que podem causar ou contribuir para os seus sintomas, é possível que o médico sugira que deixe de os tomar e os substitua por outros medicamentos, para ver se os sintomas desaparecem.

Os médicos fazem um exame neurológico para medir o equilíbrio, a função sensorial, os reflexos e outras funções para identificar sinais de condições, como por exemplo, transtornos do movimento ou acidentes vasculares cerebrais, que podem afectar o diagnóstico do paciente ou que possam tratar-se com medicamentos.

Usam provas para medir a memória, as habilidades da língua e outras relacionadas com o funcionamento mental, para ajudar a diagnosticar a condição dum paciente de modo acertado. Por exemplo, as pessoas com a doença de Alzheimer muitas vezes sofrem alterações nas chamadas funções executivas, e assim como na memória e capacidade para realizarem tarefas que antes faziam automaticamente.

Muitas vezes usam uma prova chamada Exame do Estado Mini-Mental, para avaliarem as funções cognitivas de pessoas de quem suspeitam sofrerem de demência. Esta prova estuda a capacidade de orientação, a memória e a atenção, assim como a capacidade para reconhecer e nomear objectos, seguir ordens verbais e escritas, escrever frases de maneira espontânea e copiar uma figura geométrica complexa. Os médicos utilizam também várias outras provas e escalas com pontuações para identificarem problemas específicos, assim como artes cognitivas.