Tratamento

Os investigadores ainda não conhecem com exactidão a causa da doença de Alzheimer, e neste momento não existe cura alguma. No entanto, nos últimos anos, conseguiram-se progressos consideráveis na investigação e descobriram-se medicamentos para a sua etapa inicial.

Uma medicação ideal, que impeça ou cure a doença de Alzheimer, que não provoque efeitos secundários, que seja económica e esteja amplamente disponível, ainda não foi descoberta. Não obstante, com os medicamentos actuais, é possível melhorar a memória e travar o avanço da doença. No início de 2002, foram aprovados quatro medicamentos com este fim. Um deles quase deixou de ser receitado devido aos efeitos secundários, entre eles danos irreversíveis no fígado, mas os outros três mostraram resultados mais positivos para melhorar a memória e têm menos efeitos secundários. Lamentavelmente, estes fármacos não são eficazes para todos os doentes e o seu valor limita-se às etapas inicial e intermédia.

Investigam-se constantemente novos medicamentos. Nos Estados Unidos, no Centro de Educação e Remissão para a Doença de Alzheimer (Alzheimer’s Disease Education and Referral Center – ADEAR –o médico pode obter mais informações sobre os ensaios clínicos de medicamentos e outras investigações em curso. Em muitas universidades e escolas de medicina também se realizam projectos de investigação. É possível que o médico conheça projectos de investigação que necessitem da participação de pessoas com a doença de Alzheimer.

Actualmente é possível aliviar alguns sintomas emocionais e de conduta que às vezes se relacionam com a doença de Alzheimer. Por exemplo, o médico pode receitar fármacos para reduzir a depressão, a ansiedade e os problemas do sono. O exercício, a dieta, programas educacionais e os grupos de apoio (Centros de Dia) também ajudam a enfrentar alguns dos problemas provocados pela doença de Alzheimer.

Uma pergunta que frequentemente se coloca é a de como enfrentar a doença:

• Informe-se o mais possível sobre a doença de Alzheimer e sobre as instituições existentes na comunidade.
• Analise com os familiares ou outras pessoas de confiança as suas preferências respeitantes às decisões que afectarão a sua vida.
• Nunca se deve deixar de procurar formas de satisfazer as necessidades sem o afecto. No decorrer da doença, deve manter-se o desejo de conservar relações estreitas com outras pessoas.
• Ter paciência consigo próprio.
• O exercício pode contribuir para a coordenação e a boa saúde física, e pode reduzir o stress.
• Procurar formas produtivas e que libertem da ira e da frustração: conversar sobre isso com um bom amigo ou um terapeuta, ou incorporar-se num grupo especial para pacientes com a doença de Alzheimer.
• Utilizar meios de recordação visíveis e acessíveis: escrever avisos, mensagens no local do telefone, pôr o despertador para acordar e recordar-se dos compromissos que tenha tomado.

Dedicar-se a actividades significativas, recordar a história da sua vida mediante álbuns de fotografias, recortes ou gravuras ou de CD. São muito boas maneiras de reflectir sobre a sua vida e repartir as experiências com as pessoas próximas.

• Manter a mente activa, resolvendo puzzles ou palavras cruzadas, ou escrever…
• Saber não ser o único “paciente com a doença de Alzheimer” e encontrar-se nas muitas e variadas qualidades pessoais que possua, tais como a integridade, a amabilidade e o sentido de humor.
• Manutenção das actividades sociais reunindo-se, na medida do possível, com amigos e familiares.
• Conservar a mente aberta e uma actividade positiva, concentrando-se nas suas actuais capacidades, não se preocupando excessivamente sobre o que possa ocorrer no futuro. Há muitas formas de manter uma vida activa e produtiva.