Pode prevenir-se a demência? - I

As investigações deram à luz uma variedade de factores de ajuda para que algumas das pessoas possam prevenir ou adiar a manifestação da demência. Por exemplo: alguns estudos demonstraram que as pessoas que mantêm um controlo estrito sobre os seus níveis de glicose, tandem a receber uma melhor pontuação em provas para medir a função cognitiva que as que mantêm um mau controlo.

Vários estudos também sugerem que as pessoas que continuam a participar em actividades que estimulam o intelecto, como a interacção social, jogar xadrez, resolver quebra-cabeças linguísticos e tocar um instrumento musical, diminuem significativamente o risco de desenvolverem Alzheimer e outras formas de demência.

Os cientistas pensam que as actividades mentais poderiam estimular o cérebro de tal forma que o resultado seja um incremento da “reserva cognitiva” – a capacidade de uma pessoa manejar ou compensar as alterações patológicas associadas à demência.

Estudam outras medidas que, em certos casos, poderiam comprovar que alguns destes factores medem o risco de desenvolver a doença. Mais ainda; nenhuma das investigações estudou unicamente a doença de Alzheimer, e os resultados poderiam ou não aplicar-se q outras formas de demência. No entanto, os cientistas estão optimistas no que respeita os resultados iniciais destes estudos. Acreditam que eventualmente será possível prevenir alguns tipos de demência. As possíveis acções preventivas incluem:

Baixar os níveis da homocisteína: num estudo, associaram-se níveis elevados do aminoácido homocisteína no sangue com 2.9 vezes o risco de sofrer da doença de Alzheimer, e com 4.9 de risco de sofrer de demência vascular. Um estudo preliminar demonstrou que as doses altas de três tipos de vitamina B ajudam a baixar os níveis da homocisteína – o ácido fólico, a B 12 e a B 6 – e que estas vitaminas parecem atrasar a apresentação da doença de Alzheimer. Os investigadores realizam provas clínicas em múltiplos centros, para provar o efeito destas vitaminas num grupo mais amplo de pacientes.

Baixar os níveis do colesterol: a investigação sugere que as pessoas com colesterol alto têm o risco mais elevado de desenvolver a doença de Alzheimer. O colesterol está relacionado com as placas amilóides no cérebro.

A manutenção dum gene chamado CYP 46 e a variante apo E E4, ambos conectados com o aumento de risco de Alzheimer, também estão incluídos no metabolismo do colesterol. Vários estudos também concluíram que, o uso de medicamentos estatinas, que reduzem o nível do colesterol, estão relacionados com uma menor probabilidade de deterioração cognitiva.