Sintomas da doença de Alzheimer

Esta doença não começa em todos os casos da mesma forma. Ao princípio, os sintomas podem ser muito subtis e parecer-se ao que muitas pessoas pensam ser o envelhecimento normal. Numa grande proporção dos casos, o primeiro sintoma é uma perda de memória que vai progredindo.

Primeiramente pode apresentar-se um esquecimento flutuante e ocasional e, posteriormente, uma maior perda da memória de acontecimentos recentes.

Podem também apresentar-se sintomas tais como repetir palavras frequentemente, colocar as coisas nos lugares errados, perder-se em locais conhecidos, grande dificuldade para recordar o nome dos objectos conhecidos, alterações da personalidade, falta de interesse por coisas que antes desfrutava e dificuldades para levar a cabo tarefas, como apreender dados novos ou novas rotinas, deitar fora o livro de cheques ou participar em jogos de mesa. Estas são tarefas para as quais requer um certo nível de destreza mental, mas que a pessoa as podia antes levar a cabo sem problemas.

Numa etapa posterior, pode-se apresentar uma conduta agressiva e alucinações, depressão e ou delírio, problemas com as tarefas rotineiras, como preparar a comida ou conduzir um automóvel, perder a consciência de quem é.

Na etapa final da doença de Alzheimer, o paciente já não reconhece os amigos ou os familiares, não entende a linguagem e não pode levar a cabo actividades básicas como comer, tomar banho ou vestir-se. A pessoa torna-se totalmente dependente dos demais.

Não existe, no diagnóstico da doença de Alzheimer, nenhuma prova de que é efectivamente. O diagnóstico, no geral, é feito na base da observação clínica e alguns exames de memória e funcionamento intelectual. Deverá efectuar-se ao longo de várias semanas ou meses. Os médicos especialistas em problemas de memória podem efectuar um diagnóstico correcto entre os 85 e os 90% das vezes, mas a confirmação definitiva só pode ser efectuada por meio duma autópsia, na qual se pode confirmar a presença no cérebro das alterações características da doença de Alzheimer.

Embora não exista cura para esta doença, existem medicamentos que podem aliviar os sintomas e retardar o desenvolvimento da doença. Um dos primeiros medicamentos utilizados foi a Tacrina, que é um inibidor duma enzima chamada colinesterasa que compõe a acetilcolina.

A Tacrina deixou de ser utilizada em muitos países já que pode causar danos no fígado e provoca náuseas e diarreias.

Existem certos inibidores da colinesterasa com menos efeitos secundários. Entre eles o donezepilo, a rivastigmina e a galantamina. Estes medicamentos utilizam-se para melhorar, embora de forma mlimitada, os sintomas, mas não impedem a progressão da doença. Um estudo recente, publicado na revista médica The Lancet, divulga os benefícios deste tipo de medicamentos. No entanto, muitos médicos, tal como os fabricantes destes medicamentos, alegam que este estudo tem uma série de falhas metodológicas que o invalidam.

Utilizam-se outros medicamentos, já não com o propósito de atrazar a doença, mas de controlar os sintomas relacionados com a conduta e melhorar o estado de ãnimo dos pacientes e controlar uma série de sintomas. A depressão, que muitas vezes se apresenta nas fases iniciais da doença de Alzheimer, pode ser tratada por meio de medicamentos antidepressivos. Utilizam-se também medicamentos para tratar a insónia, a agitação, a ansiedade e as alucinações.