Transtornos cognitivos

A perda de memória e os problemas do pensamento estão a ser menos comuns entre os estado-unidenses ma velhos, possivelmente devido a uma melhor educação, riqueza pessoal e cuidados cardiovasculares, segundo sugere um estudo recente.

O estudo nacional, que incluiu 11 mil pessoas com idades a partir dos 70 anos, que aparece na edição de 20 de Fevereiro na revista Alzheimer’s & Dementia, demonstrou que o índice de transtornos cognitivos (termo geral para coisas que incluem desde a perda importante de memória até à doença de Alzheimer) declinou 12.2 a 8.7% entre 1993 e 2002.

Não se conhecem os motivos por trás do declínio, mas os investigadores anotaram que os americanos mais velhos são mais propensos que os predecessores a ter mais educação formal, um status sócio-económico mais elevado e uma melhor atenção para os factores de risco do transtorno cognitivo, com a hipertensão, a hipercolesterolemia e o tabagismo.

Estas descobertas apoiam teorias recentes sobre como se pode proteger e conservar o cérebro à medida que as pessoas envelhecem, segundo o principal autor do estudo, o Dr. Kenneth Langa, professor associado de medicina da faculdade de Medicina da universidade de Michigan.

“A partir destes resultados, podemos afirmar que a saúde cerebral entre os estado-unidenses mais velhos parece ter melhorado da década estudada, e que a educação e a prosperidade poderiam ser uma grande parte da resposta”.

“Sabemos que a estimulação mental tem um impacto sobre a maneira em que se ‘configura’ o cérebro da pessoa, e a educação desde o princípio da vida, provavelmente ajuda a fomentar a reserva cognitiva da pessoa.

“Também sabemos que a saúde cardiovascular tem uma estreita relação com a saúde cerebral. Assim, o que vemos são os efeitos acumulados duma melhor educação e uma melhor prevenção cardiovascular entre pessoas que tinham mais de 70 anos em 2002, em comparação com as que tinham a mesma idade em 1993.”

A análise levada a cabo por Langa e seus colegas sugere que à volta de 40% da diminuição de 3.5% nos transtornos cognitivos entre 1993 e 2002 foi resultado duma maior educação e prosperidade pessoal.