A tuberculose

Os gorilas e outros antropóides que vivem nas suas florestas originárias, morrem quase sempre de tuberculose quando, capturados, são metidos em jaulas e alimentados com comidas feitas ao lume.

Ao homem acontece quase idêntico mal, devido a circunstâncias semelhantes, pois que a casa é a gaiola, com o devido respeito.

Do mau ar e do mau alimento resulta a má, ou antes, a péssima saúde.

A tuberculose é devida a um bacilo específico, mas que necessita dum terreno propício para se desenvolver.

Ora a vida desregrada e dissoluta, a vida nocturna, os prazeres e excessos de todo o género, a alimentação imprópria, etc., são as principais causas tisiológicas.

A medicina oficial, professada nas escolas, procura curar os tuberculosos com carne crua e vários remédios. Há anos atrás até os doentes eram aconselhados a beber sangue de boi.

Tudo em vão, porque uma e outra coisa excitante mascaram os sintomas, sem debelarem o mal, antes formando um sangue favorável à cultura do bacilo de Kock.

O sangue dum doente super-alimentado de carne, assemelha-se ao caldo de cultivar os micróbios nos laboratórios.

Não é, pois, de admirar que os doentes sofram de tão estranha dieta.

Os únicos remédios contra a tuberculose, são o bom ar, o sol e as frutas, e tanto assim que as verdadeiras curas são as da montanha onde a atmosfera é pura e o sol glorioso.

Que nenhum tuberculoso, porém, queira obter saúde quando já estejam arruinados os pulmões ou outros órgãos essenciais à vida.

Doentes nessas condições, cheios de carne envenenadora, e de dieta de drogas variadíssimas e multicolores, podem considerar-se gastos, devendo continuar nos seus costumes, para que não venham recair sobre a fisioterapia ensaiada in extremis os defeitos da alopatia até aí usada sem efeito.

Só depois de terem experimentado todos os elixires, é que os tuberculosos, já abandonados, querem recuperar a saúde pelo naturismo.

A tuberculose evita-se e cura-se mesmo, mas é preciso não iniciar a reforma da vida com o fio já quase cortado pela morte.