Demência Senil de Tipo Alzheimer

Já sabemos que a doença de Alzheimer, uma forma de demência, é uma afecção cerebral progressiva e degenerativa que afecta a memória, o pensamento e a conduta.

A alteração da memória é uma característica necessária para o diagnóstico deste ou de qualquer outro tipo de demência. Também se deve apresentar mudança numa das seguintes áreas.

• Linguagem
• Capacidade para tomar decisões
• Juízo
• Atenção a outras áreas da função mental e da personalidade

A velocidade de progressão é diferente em cada pessoa. Se a doença de Alzheimer se desenvolve rapidamente, é provável que continue a progredir da mesma maneira, mas se foi um desenvolvimento lento, provavelmente continuará o seu curso lentamente.

Causas, incidência e factores de risco

Mais de quatro milhões de estado-unidenses sofre, actualmente, da doença de Alzheimer. Quanto mais velha for a pessoa, maior é o risco de desenvolver esta doença, embora não faça parte do envelhecimento normal. Outro factor de risco comum, é o facto de ter antecedentes familiares da doença.

Para além da idade e dos antecedentes familiares, os factores de risco para esta doença podem ser, entre outros:

• Pressão arterial alta há muito tempo
• Antecedentes de traumatismos na cabeça
• Níveis altos de homocisteína (químico corporal que contribui para doenças crónicas, como a cardíaca, a depressão e possivelmente a doença de Alzheimer).
• Pertencer ao género feminino; devido a que as mulheres, geralmente, vivem mais tempo que os homens, têm maiores probabilidades de desenvolver esta doença.

Existem dois tipos de doença de Alzheimer: de início precoce ou tardio. No primeiro, os sintomas aparecem antes dos 50 anos, é muito menos comum e é responsável por apenas 5 a 10% dos casos. No entanto, tende a progredir rapidamente.

Não se conhecem por completo as causas da doença de Alzheimer, mas acredita-se que abarca tanto factores genéticos como ambientais. O diagnóstico desta doença é feito na base de sintomas característicos e excluindo outras causas de demência.

Eliminaram-se anteriores teorias sobre a acumulação de alumínio, chumbo, mercúrio e outras substâncias no cérebro, que se acreditava conduziam a que se apresentasse a doença. A única forma de saber, com certeza, que alguém sofreu da doença de Alzheimer, é através de estudos microscópicos de uma amostra de tecido cerebral depois da morte.

O tecido cerebral mostra “nódulos fibrilares” (fragmentos de proteína enrolados dentro dos neurónios, obstruindo-os), “placas neuronais” (aglomerações anormais de células nervosas mortas e moribundas, outras células cerebrais e proteína) “e placas senis” (áreas onde se acumularam produtos de neurónios mortos à volta de proteínas).

Se bem que estas alterações ocorram em certo grau em todos os cérebros, com a idade, apresentam-se mais nos cérebros das pessoas com a doença de Alzheimer.

A destruição das células nervosas leva a uma diminuição dos neurotransmissores (substâncias segregadas por um neurónio para enviar as mensagens a outro neurónio), cujo equilíbrio correcto é crítico para o cérebro.